terça-feira, agosto 07, 2007

Vida Madrasta

A Vida consegue mesmo ser madrasta quando menos esperamos.
Este texto hoje é uma tentativa estupida e frustrada de tentar perceber
o que não pode ser compreendido...
A Vida faz-nos crescer numa sociedade e com uma certa educação...
A Vida faz-nos ganhar "calos" em relação a muitos dos seus caminhos,
mas não nos prepara para a perca de um filho...
Esta semana isso aconteceu a uma pessoa "conhecida" e mexeu comigo,
mexeu comigo porque afinal de contas sou pai...e tentei ao máximo perceber
ou compreender a dôr que essa pessoa estaria a passar...
O que se diz a um amigo(a) que acaba de perder um filho?
Ela tinha um casal de gemeos como eu...
mas ao invés de os gémeos dela terem 7 anos como os meus,
tinham apenas 7 meses...
e a menina faleceu com uma paragem cardiaca...
Como é que se "dá força" nestes casos?
Que palavras se usam para tentar suavizar uma dôr destas?
Já passei por muitas coisas na minha vida...
Por muitos funerais...
Por muitos nascimentos...
etc...
Mas nos meus 31 anos de vida,
nunca me foi explicado o que fazer ou dizer nesta situação...
Acaba por ser como o Amor...
Quando temos uma desilusão amorosa,
Acabamos sempre por sofrer...
E embora tenhamos sempre de cabeça
um mão cheia de palavras para dizer àquele amigo(a)...
Quando nos toca a nós essa dôr de Amor...
Choramos sempre...
Acabamos por usar a máxima:
"O tempo cura tudo"
Será que cura...?

2 comentários:

  1. Não sei se o tempo cura tudo, em 24anos de vida tenho a sensação que alivia mas nunca se esquece. Eu passei por algo que acho que a minha vida toda me vai doer e lembrar, tal como dizem que se recorda a perda de um filho. Espero que nunca te aconteça a ti ou a alguém próximo de mim, pois não saberei como ajudar ou amparar as lágrimas e sofrimento dessa pessoa. Ass: Joana Martinho

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  2. Infelizmente neste passado ultimo ano assisti a demasiados funerais gente que nao merecia mesmo passar pelo que passou, a unica coisa que me vinha a cabeça era o tempo cura tudo mas acho que é como a joana ja disse alivia mas nunca se esquece, fico-me a perguntar quando estou a reflectir, porque é que as boas pessoas as boas familias, perdem sempre alguem que lhes é essencial e importante e quem não merece sequer o ar que respira está sempre bem
    a vida é mesmo injusta !

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